Eu aceitei a derrota assim que sentei na cadeira de plástico branca que arrastei pra rua, foi amargo igual o gosto da cerveja que eu deixava esquentar segurando entre meus dedos. Lidei bem igual uma criança que bate com a cabeça na parede e fala que não doeu, e em exatos cinco segundos depois se fingindo de forte, começa a chorar. Chorei por dentro e você não viu. Dessa vez, do fundo do coração que pouco me resta, espero que a minha falha de memória funcione com você também. Que você seja pra mim o mesmo que sou nessa noite pra você, uma estranha. Uma hora esqueço o seu sorriso que nem era pra mim, da sua camiseta do Ramones que deve ser sua segunda pele, a calma da tua voz e o modo que segura o cigarro entre os dedos.
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